25.09.2011 – Oktoberfest em Munique

O’zapft is!

Normalmente, aquele trem era silencioso e com muitos lugares vagos. Não eram muitas pessoas que, tão cedo, as 09h03 da manhã de um domingo, precisavam viajar. O trem regional que faz o caminho Nürnberg-München, no entanto, não tinha a mínima de sua habitual tranquilidade naquele dia. Totalmente lotado, com muita gente de pé, em clima de festa, e boa parte das pessoas com trajes do século XIX.

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Pedido de adesão à ONU da Palestina: uma jogada política?

“O Brasil já reconhece o Estado Palestino como tal, nas fronteiras de 1967, de forma consistente com as resoluções das Nações Unidas. Assim como a maioria dos países nessa Assembleia, acreditamos que é chegado o momento de termos a Palestina aqui representada a pleno título.” Dilma Rousseff.

Isso foi dito no discurso de abertura da última assembléia geral da ONU, no dia 21/09/2011. Parece não haver quem atualmente, com um mínimo de senso e imparcialidade, seja contrário à idéia do Estado Palestino. Ora, somente dois países se opuseram na assembléia: EUA e Israel. Se o porquê não lhe é óbvio, lamento meu amigo, mas você é um alienado. Sugiro que faça novamente o colegial, em especial geografia e história.

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Legalize?

É o assunto do momento, desde intelectuais do nível de THC, digo, FHC, até um Zé Ruela qualquer do bar da esquina. “Será que vai legalizar?”, pergunta-se tanto o rasta quanto o pastor evangélico, cada um torcendo para um desfecho não apenas diferente, mas contrário. E a polêmica é acirrada: o reacionário realmente enxerga o apocalipse na legalização, enquanto o radical liberal prega utopias como o quase fim da violência e a prosperidade econômica. Por isso, ambos os lados se apegam a seus pontos de vista muito fortemente.

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10.09.2011 – Nürnberger Volksfest

Luitpoldhalle hoje

Era por volta de 16h40 quando cheguei em Luitpoldhalle. Local que, há 70 anos atrás, era usado para desfiles militares nazistas, hoje é um belo parque, muito tranquilo, onde crianças brincam, moças tomam sol, adolescentes fazem pique-nique, velhos lêem livros e casais apaixonados trocam beijos, risadas e carícias. Não consegui resistir à tentação de tirar os sapatos e deitar à sombra de uma árvore, e ali cochilei um pouco. O tempo estava ótimo, sol e calor (durante a semana fez chuva e frio quase todos os dias).

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10.07.2011 – Minha SEGUNDA viagem aérea internacional

É bem verdade que eu andava meio desanimado de escrever sobre viagens. Porém, no dia marcado no post (10/07) estava eu novamente no velho mundo, sem internet, mas imaginando um futuro post, que deixei escrito, a lápis, em um caderno. Escritos esses que tinha iniciado em pleno vôo, e terminei somente já dentro do hotel.

Essa é uma viagem de trabalho. Não é como a outra (que, de certa forma, era de trabalho também, mas era diferente). Agora é uma viagem custeada pela empresa. Enfim, quis o destino que eu voltasse, ainda outra vez, para essa terra que tanto influenciou minha vida, há alguns anos atrás (esta aqui).

Hoje (06/09), ainda aqui na Alemanha, deu-me vontade de publicar esses rabiscos, da mesma forma que os deixei escritos no caderno. Sem mais delongas, inicia-se aqui mais uma série sobre VIAGENS.

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24.08.11 – Kadafi é um cara que me impressiona…

Primeiramente, não escrevo neste blog para atrair audiência. As estatísticas mostram que o que o pessoal mais gosta de ler, entre meus posts, são aqueles relacionados às viagens. Ocorre que, ultimamente, apesar de estar em viagem de trabalho e ter muito o que contar, não estou com vontade de escrever sobre elas. E, como o blog é meu, mais importante é o que eu gosto de escrever, do que o que o povo gosta de ler.

Em segundo lugar, alguém poderá ler esse texto e já vir com pau (num bom sentido) e pedra na mão, pronto para me acusar de estar defendendo um ditador sanguinário, de ser um psicopata que gosta de guerras nas quais morrem muita gente inocente, etc. Nenhuma dessas acusações têm o menor cabimento. Eu não estou apoiando ninguém aqui. Estou analisando os fatos da maneira mais imparcial possível, sem puxar a sardinha pro lado de ninguém, como convém a um observador externo que não tem nada a ver com a história. Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher, mas como uma velha fofoqueira, gosto de comentar a respeito. Em relação a gostar de guerra, na verdade eu repudio, como qualquer pessoa sã, a guerra. O que eu me interesso é pelo estudo da arte da guerra, com todas as circunstâncias geopolíticas que a cercam. Tanto que sempre gostei de jogos como War, Civilization, Age of Empires, Xadrez, etc.; jogos esses que nada mais são do que simulações, em diferentes contextos, de guerras. Nem por isso saio por ai matando ninguém, ou deixo de lamentar as mortes dos inocentes (e culpados também) nas guerras inúteis (desculpe a redundância) que assolam a nossa espécie. Guerra é uma merda, mas a arte da guerra é um estudo dos mais nobres (sim, eu já li o livro do Sun Tzu, e concordo com ele quando diz que conhecer a arte da guerra é fundamental para todo aquele que deseja alcançar a paz).

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03.08.2011 – O pírrico fim do império britânico

Esses dias pensei sobre isso, a partir de uma digressão sobre a indústria automobilística mundial.

Os alemães têm uma forte indústria automobilística. Também os italianos, os franceses, os americanos, os japoneses, os coreanos e mais recentemente os chineses têm uma florescente (não confunda com fluorescente ;)) indústria automobilística.

E os ingleses?

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05.07.11 – Reflexões sobre a paternidade

Sim. Sou um novo pai. Já faz algum tempo, quase 9 meses, que ele nasceu. E ainda não me manifestei a respeito. Claro que é um assunto muito subjetivo, varia de pessoa para pessoa e de circunstância para circunstância, por isso vou deixar aqui apenas meu próprio ponto de vista, em meu próprio contexto, na esperança de que algo possa ser aproveitado por quem esteja com o assunto na cabeça. Antes de pormenorizar, resumo: é uma alegria muito grande, mas trabalhosa.

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27.06.2011 – Qual a diferença entre ciência da computação e engenharia da computação?

bcc

um cientista da computação

Essa pergunta me foi feita tantas vezes ao longo de minha formação, que ainda ressoa em minha caixa craniana, e por isso me ponho a tentar explica-la à minha maneira. Como eu sonhei em ter uma resposta simples, na ponta da língua, e compreensível a qualquer um… mas a verdade é que responder a essa pergunta exige uma elaboração um tanto complexa, como farei abaixo.

É preciso, antes de tentar fazer uma diferenciação, deixar bem definidos certos conceitos.

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